10.25.2006

 
NOTA SOBRE ESTUDOS DE MÍDIA ÉTNICA

por Sátira Machado

A Imprensa chega ao Brasil em 1808 e em 1833 os afro-brasileiros já editavam periódicos, dando visibilidade às questões étnico/raciais através de uma imprensa alternativa negra.

A brasileira Profª Drª Raquel Paiva salienta que na sociedade contemporânea a identidade construída a partir de uma estrutura social, antes determinada pelas mediações tradicionais como a família, a religião, o Estado, a escola e o trabalho, é atravessada pela estrutura da mídia, que assume um lugar social.

No exercício de elaboração da identidade negra, ao longo dos anos, os afro-brasileiros apropriam-se de jornais, de revistas, de rádios, do cinema, da televisão, da web, entre outras mídias e passam a incluir os meios de comunicação em suas estratégias de reconhecimento.

O estadunidense Prof. Dr. John Thompson elabora uma teoria social da mídia e salienta que os teóricos sociais têm dado pouca importância ao poder simbólico dos meios de comunicação, que vem transformando o mundo desde a crescente circulação de materiais impressos no século XV até o advento da Internet.

Estudos sobre a Imprensa Negra do Brasil têm se multiplicado nos núcleos de pesquisas das Universidades como: Grupo de Estudos em Mídias e Etnicidades, da Faculdade de Comunicação (Facom), da Universidade Federal da Bahia (criado em 1997); o Grupo Mídia e Etnia, da ECA/USP (criado 2002); o Departamento de Estudos Culturais e Mídia (GEC), do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS), da Universidade Federal Fluminense (criado em 2003); e também o Grupo Mídia e Multiculturalismo, coordenado pela Profª Denise Cogo, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, que também inclui pesquisas sobre a relação entre a mídia e os afro-brasileiros.

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